Estou de volta a minha terra
Sei Que não verei jamais
Aquele moinho de vento
E o nosso velho cais
Minha mãe lavando roupas
E eu estendendo nos varais
De volta a minha terra
E não ouvirei jamais
O canto da graúna
Lá nos verdes coquerais
A partilha dos vizinhos
Entre as cercas dos quintais
Sim, estou de volta
Mas não sentirei jamais
A alegria de ouvir
dos poetas os recitais
O canto da juventude
Sob o brilho dos luais
Sei que estou de volta
Mas não saírei jamais
Daqui desfaço as saudades
Que eu sentia anos atrás
Da infância, da boemia
Dos projetos que eu fazia
Na moradia dos meus pais!
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
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