Quantas vezes te vi partir
E no olhar silencioso um adeus
Vai sair pra aventurar no mar
O pão de cada dia para os filhos seus
Longe, bem de longe vejo sua mão num aceno
Como se a gente não fosse se ver jamais
Corro de um lado para o outro assim dizendo
Volte logo, não demore meu velho pai!
Enquanto enfrenta as tempestades do oceano
Minha mãe naufraga entre o medo e a solidão
Caminha na praia que continua deserta
Sem nenhuma luz a brilhar na escuridão
De repente surge a vela, surge a luz
Surge o peixe, e eu respiro aliviado
Digo: mãe, se tem farinha, frita um peixe
Pai está com fome, está cansado!
Quando olho ao lado o velho está dormindo
E aprecio minha mãe a acariciar seu rosto
Que diz: filho, hoje é domingo, dia dos pais
Tinha me esquecido, hoje é o 2 domingo de agosto.
Tem nada não, vai saber quando acordar
Deixa dormir para amenizar a sua dor
Como é sofrido a vida deste bravo homem
Falo do meu pai, um humilde pescador!
08/08/94.
Taíba- São Gonçalo do Amarante-CE
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
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