sábado, 23 de janeiro de 2010

IMPREVISTO

Esta noite só tenho uma vela
Para velar minha insônia, minha poesia.
Desfazer toda sombra desta cela
E confiscar a certeza de outro dia

Esta noite só tenho um cigarro
Não importa, pra mim é o assaz.
É degradante todo acúmulo deste sarro
Mas é tragando que eu resgato minha paz.


Esta noite, como todas as noites,
O silêncio me concebe a inquietude
O frio vem surrar a tez como açoite
Coagulando o sangue ardente da virtude.

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